segunda-feira, 8 de junho de 2009

Parece uma coisa, mas a verdade é que sempre me faço a mesma pergunta quase que diariamente:
porque será que gastamos tanta energia com coisas que sabemos que não vão dar certo ou mais ainda, que tendem inevitavelmente ao fracasso total?
acho às vezes que é necessidade de afirmação outrora parece covardia em querer viver mudanças, porém nas maioria das vezes acho que é burrice mesmo, afinal:
  • Depois de 10 idas e vindas como pode dar certo já que nas 10 tentativas anteriores não deu?
  • Promessas nunca viram certezas...
  • .... palavras nunca viram gestos.
  • o motivo da primeira separação é o mesmo da última.
Depois dessas primeiras reflexões até o mais otimista acaba virando pessimista.. porém como sou brasileira, não desisto nunca...

e para lembrar Vinícius de Moraes e as separações em geral, nada melhor:

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(soneto de separação)

Simples assim...